
Um bom exemplo de algo que comentei aqui, no blog, sobre a importância de jornalistas estarem monitorando, de fazerem uma espécie de rádio escuta de redes como flickr, twitter, orkut e agregar o conteúdo relevante encontrado nestes ambientes às suas reportagens.
Redações sempre têm televisores ligados – para acompanhar o noticário e principalmente a concorrência. Nesta quarta-feira, quando a queda de um avião matou 9 pessoas na Holanda, a redação do britânico Telegraph deixou o Twitterfall ligado em um telão (imagem acima).
É um aplicativo que permite acompanhar todas as mensagens que estão sendo publicadas no Twitter sobre um determinado tema. Funciona como um livestreaming. Dessa forma, a redação consegue monitorar melhor o que está sendo publicado no site.
Isso tem uma importância grande no “atual ciclo de produção da notícia“. Os primeiros relatos e a primeira foto sobre o acidente aéreo na Holanda apareceram antes no Twitter, segundo a CNN.
O que não é nenhuma novidade. Há bastante tempo a ferramenta de microblogging agrega as primeiras informações sobre algo. Em agosto de 2007, por exemplo, quando os editores da CNN nem davam importância ao Twitter, o serviço reuniu os primeiros relatos e fotos sobre um terremoto no México.
Portanto, a notícia é outra. Não é que “tudo aparece primeiro no Twitter”. É que os sites de notícias estão abrindo o olho para o Twitter como fonte de informação e pautas, vide o que o Telegraph está fazendo.
Crédito da foto: Julian Sambles, que trabalha no Telegraph
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