
Lembra-se do Tom? Tom Anderson (imagem acima), cofundador da MySpace, era aquele contato que, quando você se cadastrava pela primeira vez na rede social de música, era adicionado automaticamente à sua lista de contatos.
Era como um cartão de boas vindas da MySpace. Mais ou menos como acontecia no comecinho do Twitter. Você fazia o cadastro na ferramenta de microblogging e lá vinha Biz Stone, fundador do Twitter, adicioná-lo como amigo. Algo que hoje é impossível de ser feito manualmente.
A notícia é que Tom Anderson junto com Chris DeWolfe, fundadores da MySpace (foto abaixo), estão saindo da direção da empresa. A aparição de Tom como primeiro contato na MySpace está ameaçada.
DeWolfe continuará como assessor da rede social, ao fazer parte do conselho administrativo da versão chinesa da MySpace. O futuro de Tom é incerto, por enquanto.
Os fundadores da MySpace haviam passado por cima do velho ditado de que, depois que é comprado por terceiros, os fundadores de um site não permanecem mais do que 3 anos na direção. A MySpace foi comprada pela NewsCorp em 2005. Ou seja, já se passaram quase 4 anos.
Mas, desta vez, não teve jeito.

Em uma matéria tendenciosa, o Wall Street Journal, que é da NewsCorp, dá a entender que a mesma tentou salvar a MySpace durante todo esse tempo de problemas financeiros. A MySpace é uma das poucas plataformas de redes sociais que é rentável. É responsável pela maior fatia de receita da Fox Interactive Media, divisão digital da NewsCorp. Além disso, é a rede social mais visitada nos EUA.
O jornalista Om Malik faz uma análise mais interessante. Diz que a saída dos fundadores representa o fim de uma era em que as plataformas de redes sociais eram tratadas como o centro da internet. Redes sociais são “features” e comercialmente não têm sentido em existirem sozinhas (conceito até hoje controverso).
É necessário deixar a poeira baixar um pouco para ter certeza de como aconteceu essa saída dos fundadores da MySpace. Muita coisa contraditória vem sendo falada e escrita, entre elas, a de que os fundadores teriam sofrido muita pressão para tornar a MySpace mais popular e rentável frente ao crescimento da Facebook e do Twitter.
A única certeza é que a MySpace entrou na lista de empresas de internet que são populares, mas cujos fundadores não fazem mais parte da direção. Fim cada vez mais comum para as empresas de internet recentes. O caminho da separação entre fundadores e direção.
No Flickr, Caterina Fake está fora do site de fotos, cuidando do seu serviço de perguntas e respostas Hunch. No delicious, Joshua Schachter hoje está na Google. E no Blogger, Evan Williams vem tratando com cuidado do Twitter.
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