
Desta vez foi a agência de notícias Associated Press (AP) que distribuiu aos seus funcionários um guia interno de conduta sobre como utilizar as chamadas “mídias sociais” – blogs, microblogs, plataformas de redes sociais.
É um dos primeiros guias que admite que esses sites são importantes ferramentas de apuração e contato com a audiência e fontes das matérias. Mas, por outro lado, ele exige que todos os funcionários deletem de seus perfis na Facebook material que infringe os padrões da Associated Press. Isso inclui até mensagens que um amigo enviou a você por meio da rede social.
Percebe-se que é mais uma decisão tomada de cima para baixo. Tanto que vai haver uma reunião com os funcionários da AP para ver como vai ficar essa questão. Ou seja, primeiro toma-se a decisão (de cima para baixo) e depois é que vai conversar com as pessoas que serão mais afetadas pelas regras. Reflexo de como a gestão interna dessas empresas ainda é fechada.
Antes, outros veículos já tinham divulgado guias de condutas sobre a utilização dessas ferramentas:
1) O Wall Street Journal que praticamente restringe o uso de qualquer desses sites para fins jornalísticos.
2) A Bloomberg que não permite que os seus funcionários façam links para conteúdo externo nos blogs, menos ainda no Twitter e na rede Facebook.
Engraçado que, em sua maioria, essas regras internas, esses guias de condutas internos, nunca são feitos para potencializar ou incentivar a utilização dessas ferramentas, fazer com que a empresa, os jornalistas se beneficiem desses serviços. São sempre para controlar ou restringir o uso.
O MediaShift publicou um texto bem completo (em inglês) sobre o assunto. Há desde redações que restringem o uso pleno desses sites, outras que não limitam simplesmente por não saberem que eles existem, até algumas que fazem treinamento sobre como utilizá-los de forma mais produtiva.
Veja também:
Como engessar o blog de um jornalista
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