Google + cobrança de conteúdo

Numa movimentação que é vista como uma resposta à Apple, a Google anunciou o lançamento do Google One Pass, sistema de cobrança de conteúdo, voltado para publicações online.

A cobrança pode ter como base micropagamento, limite diário de leitura de artigos ou assinaturas.

É provável que o Google One Pass seja usado pelo NYTimes em seu novo modelo de cobrança.

O lançamento era meio esperado. Desde o ano passado, rumores indicavam que a Google estava desenvolvendo um sistema de cobrança para jornais e revistas.

Além disso, em 2009, a empresa enviou à Associação de Jornais dos Estados Unidos proposta para a criação de uma tecnologia deste tipo.

Em relação ao sistema da Apple, um dos diferenciais do Google One Pass está na porcentagem que ficará com a Google nas transações feitas pelo sistema – apenas 10% contra os 30% da Apple, segundo informações do Wall Street Journal.

O sistema funcionará em diversos dispositivos (tablets, celular, web) e a promessa é que as empresas de mídia terão acesso a mais informações da base de dados sobre os usuários.

Para o usuário final, o principal atrativo dos dois sistemas (Apple e Google) será a facilidade. Com um clique, a pessoa faz a assinatura ou compra o conteúdo.

A Google sempre apostou que, historicamente, sistemas de cobrança de conteúdo online nunca deram muito certo, pois foram mal implementados e não tinham padronização.

Facilidade não era o foco. Cada publicação (site) adotava um sistema, você era obrigado a fazer vários cadastros e a digitar diversas vezes o número do cartão de crédito.

Enfim, você tinha que dar vários cliques até conseguir o que queria.

O interessante nessa história toda é que quem saiu na frente foi a Apple, empresa de tecnologia que, diga-se de passagem, não tinha  qualquer experiência em “monetizar conteúdo”.

Nos últimos anos, apesar do chavão de que “ninguém quer pagar por conteúdo”, a empresa seguiu em frente e lançou diversos produtos que trabalham com a cobrança de conteúdo (e facilidade), como a loja online iTunes e, nesta terça-feira, o sistema de assinaturas da App Store.

Veja também: Google investe em jornalismo que é inovador

10 respostas para “Google + cobrança de conteúdo”.

  1. Olá, Tiago.

    Dizer que a Apple quebrou o paradigma de que “ninguém quer pagar por conteúdo” é uma imprecisão.

    O sistema de micropagamentos da Apple para conteúdo funciona porque ele utiliza uma base de cartão de créditos única, utilizada há muitos anos para se comprar música na iTunes e, um pouco mais recentemente, para se comprar aplicativos na App Store.

    Sem o encanto de se usar a mesma senha e o mesmo cadastro para comprar música e jogos, acho que o One Pass do Google pode naufragar…

    []s!

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    1. @Adriano Brandão

      Música também é conteúdo. Não é apenas o conteúdo de jornais e revistas. E o que a Apple oferece é a facilidade de pagamento e cobrança desse conteúdo (a questão de único cadastro, dois cliques para comprar etc). Pelo que percebi, o Google One Pass quer oferecer essa mesma facilidade, no entanto, mais voltado para publicações online.

      Acredito que a Apple não quebrou o paradigma. Mas, de certa forma, não deu ouvidos a ele. Caso contrário, não teria seguido com a estratégia da iTunes.

      abs

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  2. mas serà tão dificil os proprios editores brasileiros se associarem e criar seu proprio sistema? ficar independentes e mais fortes?

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  3. Avatar de antonio sergio raniero doria
    antonio sergio raniero doria

    oi tiago sera que nao somos parentes !!!!!!!!!!!

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  4. Musica já esta praticamente sobre seu domínio, essa empresa já esta sendo considera a maior empresa antipirataria do mundo

    Assim como na musica, estão produzindo o mesmo com os filmes games e videogames

    E numa ficção que eu mesmo escrevi que uma idéia mais que possível de virar rotina no nosso meio digital

    Onde vamos ter um sistema de cadastramento que funcionara pela energia do nosso corpo, sem entrar em detalhes do funcionamento, onde isso ao mesmo tempo já e um sistema de segurança

    Com isso basta ficar na frente de qualquer tamanho de tela conectado que liberara o acesso de tudo automaticamente abrindo tudo que e seu, a prova de invasão

    Sem contar o resto das coisas que deixaram a gente frente a frente com aparelho final

    E a tecnologia em si não e nada sem a gente presente, por isso a gente pelo mundo esta se conectando digitalmente para produzir o melhor pra nos todos, usando a inteligência e não a força ou guerra que já provou que só produz miséria

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  5. Tudo pelo mundo vai acabar numa única matriz digital associativa, isso e um caminho só de ida no tempo certo tudo funcionara num único toque

    E pelo mundo afora isso já esta sendo ensaiada, a espera do dia da união, disso tudo

    Exemplo dessa empresa network http://www.dubli.com/2605359 que esta matematicamente toda digitalizada a caminho de dominar globalmente

    Musica já esta praticamente sobre seu domínio, essa empresa já esta sendo considera a maior empresa antipirataria do mundo

    Assim como na musica, estão produzindo o mesmo com os filmes games e videogames

    E numa ficção que eu mesmo escrevi que uma idéia mais que possível de virar rotina no nosso meio digital

    Onde vamos ter um sistema de cadastramento que funcionara pela energia do nosso corpo, sem entrar em detalhes do funcionamento, onde isso ao mesmo tempo já e um sistema de segurança

    Com isso basta ficar na frente de qualquer tamanho de tela conectado que liberara o acesso de tudo automaticamente abrindo tudo que e seu, a prova de invasão

    Sem contar o resto das coisas que deixaram a gente frente a frente com aparelho final

    E a tecnologia em si não e nada sem a gente presente, por isso a gente pelo mundo esta se conectando digitalmente para produzir o melhor pra nos todos, usando a inteligência e não a força ou guerra que já provou que só produz miséria

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  6. Tiago, você acha mesmo que o Google já não tinha esse sistema pronto ou deixou pra lançar um dia depois pra cortar a bola que a Apple levantou?

    Abs,

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    1. @Vinicius Zimmer

      Boa pergunta. Acho que o sistema estava pronto, mas a movimentação da Apple acabou impulsionando o lançamento.

      abs

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  7. […] Entre outras coisas, ele mostrou ao mercado que a internet é device agnostic e que, antes de tudo, as pessoas estão atrás de facilidade na web. […]

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