O Guardian começou uma boa discussão sobre o “futuro do liveblogging“, transmissão em tempo real de um evento via blog. Lembra muito a narração de um jogo de futebol via rádio (eu fiz vários livebloggings. Um da Pop!Tech 2007 e outro do Tsunami na Ásia em 2004, por exemplo).
Os blogs de tecnologia foram pioneiros nos livebloggings, que hoje são usados por boa parte das publicações online.
Segundo o artigo do Guardian, a grande vantagem do formato é que você pode reunir várias fontes em um único lugar, produzir um fluxo único de conteúdo, além de evitar ficar editando e reescrevendo uma matéria a cada nova informação. Com o surgimento do Twitter, o formato se tornou mais atraente, uma vez que, junto às atualizações minuto a minuto, você pode fazer uma seleção dos melhores tweets sobre um determinado assunto.
Um grande problema é a falta de contexto. Um leitor que acessa um liveblogging em andamento perde muito do contexto do que realmente está acontecendo.
Kevin Anderson, pesquisador de mídias digitais do Guardian, diz que “curadoria de conteúdo” não é apenas sobre velocidade e quantidade.
Para resolver isso, a BBC mudou a apresentação de seu formato de liveblogging. Ao lado das atualizações minuto a minuto (live updates), existe um box fixo com um resumo do que está sendo reportado (key points), além de um link para a última matéria publicada sobre o assunto.
Essa discussão sobre o futuro do liveblogging é reflexo de como alguns formatos nativos da web não são “fechados”. Estão em constante transformação.
Veja também: Guardian: guia de blogs e participação em comentários

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