Uma das principais características da internet é o fato de ela ser “device agnostic“, ou seja, poder ser acessada por meio de praticamente qualquer dispositivo – celular, laptops, tablets, carros. O que faz todo sentido, pois ela surgiu para ser uma plataforma de comunicação e de distribuição de conteúdo que se mantivesse intacta ainda que no caso de terremotos, enchentes, furacões.
Com o anúncio do lançamento do iCloud nesta segunda-feira, a Apple deixou evidente, uma vez mais, que tem uma estratégia para tirar vantagem dessa principal característica da internet.
Por meio do iCloud, que tem como base a tecnologia de cloudcomputing, será possível o backup e a sincronização automática de dados entre diversos dispositivos da Apple.
Ou seja, você poderá acessar o mesmo conteúdo – música, aplicativos, livros, fotos, vídeos – de qualquer dispositivo (iPhone, iPad, Macs, iPod).
Não é a primeira vez que a Apple deixa clara essa estratégia. Na época outras tentaram, mas ao lançar o iPhone em 2007, foi a primeira empresa a levar efetivamente a web para o celular (era o celular que proporcionava a melhor navegação na rede).
A Apple mostrou que web não precisa ser necessariamente ligada a PC.
Isso, claro, não quer dizer que o “computador pessoal” está morrendo. Recente estudo da Forrester Research revela que a “Era Pós-PC“, tão aclamada por Steve Jobs, cofundador da Apple, é muito mais sobre acumulação do que canibalização de dispositivos (laptops, PCs, smartphones, tablets se complementarão).
E, com o iCloud, a Apple deixa claro que a “Era Pós-PC” é bem mais sobre a “morte” efetiva do PC como única porta para acessar dados na rede.
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