Acredito que o grande mérito de Steve Jobs foi:
1) Ter transformado computadores em objetos de consumo, em objetos que não fossem utilizados somente por especialistas, mas que pudessem ser tão intuitivos e corriqueiros de usar quanto um aparelho de televisão
2) E ter descoberto a “competência central” da Apple (usabilidade e design), em seu retorno à empresa em 1996. A partir daí, Jobs aplicou essa competência a diversos mercados e produtos. iPad, iPod, iTunes foram consequência dessa atitude.
Entre outras coisas, ele mostrou ao mercado que a internet é device agnostic e que, antes de tudo, as pessoas estão atrás de facilidade na web.
Jobs entendeu muito bem a dinâmica da área de tecnologia, um meio onde você é valorizado não por quem é, mas sim pelo que faz. Não é à toa que, mesmo após ter o seu nome garantido na história da computação, ele insistiu em trabalhar dia e noite e lançar novos produtos.
Para mim, ficam várias lições. Por mais estranho que possa parecer, todas elas não-tecnológicas.
A importância do peopleware, de trabalhar com o que gosta e de estar no lugar certo e na hora certa, além do equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Há uma frase de Steve Jobs que define bem tudo isso. Aliás, ela foi dita ao lado de outro ícone, quando Jobs se encontrou com Bill Gates durante a conferência D: All Things Digital, em 2007.
No palco da conferência, ao lado de Gates, Jobs fez uma rápida avaliação da sua própria vida.
Vejo-nos como dois dos caras mais sortudos do planeta. (…) Encontramos o que amamos no lugar certo e no tempo certo, família, trabalho, amigos. Que mais poderíamos pedir?
Veja também: Está na capa (morte de Steve Jobs)
Crédito da foto: Cult of mac

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