Neste ano, li alguns livros interessantes e, uma vez mais, compartilhei a leitura com vocês.
Separei cinco deles.

1) The Net Delusion, de Evgeny Morozov (432 páginas/Editora PublicAffairs).
O ano de 2011 foi o que em mais se falou sobre mobilizações online. Mas também foi em que elas foram mais criticadas. Em Net Delusion, Morozov diz que a nossa noção de censura na internet ainda tem como base a ideia de “bloquear/não bloquear”, lógica que, hoje em dia, não faz mais sentido. Cada vez mais, governos autoritários passam a usar a internet para propaganda ou, em casos mais extremos, como uma ferramenta de monitoramento da população.

2) Alone Together, de Sherry Turkle (384 páginas/Editora Basic Books)
Pesquisadora há 30 anos do MIT, Turkle voltou neste ano à mídia com um livro em que questiona a “Geração Y” e o quanto ainda confundimos amizade com conectividade. Às vezes, estar contectado ao Twitter ou a uma plataforma de rede social é como andar na avenida principal de uma metrópole. Ao mesmo tempo, estamos sozinhos e cercados de pessoas.
3) I’m Feeling Lucky: The Confessions of Google Employee Number 59, de Douglas Edwards (432 páginas/Editora HMH).
De um ex-funcionário da Google saiu um dos melhores livros sobre a empresa de busca. Edwards foi quem criou o texto da mensagem que sempre aparecia quando o Orkut saía do ar – “Bad, bad server. No donut for you”. O Xoogler (ex-funcionário da Google) apresenta uma visão bem particular, própria de quem esteve dentro da Google, sobre os motivos de o Orkut não ter deslanchado como um produto internacional

4) The Filter Bubble, What The Internet is hiding from you?, de Eli Pariser (Editora Peguin Press/304 páginas).
Do mesmo modo que, para acabar com o sobrepeso, devemos mudar os nossos hábitos alimentares, Eli Pariser acredita que, para lidar com o atual overload informativo, precisamos mudar o modo como consumimos mídia. Devemos fazê-lo de forma menos compulsiva, combinando conteúdos que vão ao encontro do que já acreditamos com aqueles capazes de trazer algo que ainda não conhecemos.

5) Reality is Broken, de Jane McGonigal (Editora Penguin Press/400 páginas).
O livro de McGonigal vale por dois motivos. Primeiro, desmitificar essa questão da Gamificação, que, na realidade, fiz respeito a acrescentar uma camada a mais de motivação a atividades que até então eram consideradas banais. A segunda razão está na abordagem psicológica que faz dos chamados projetos colaborativos. É muito mais uma questão de criar certas sensações do que utilizar esta ou aquela ferramenta.
(para acompanhar todos os livros que comentei neste ano, é só seguir a tag livros)
Veja também: Cinco coisas que marcaram a área de mídia e tecnologia em 2011

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